11 de set. de 2012

September, 11th

Resolvi compartilhar com vocês um texto que eu fiz há exatamente um ano falando um pouco do terrível atentado aos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001. Relembro o que pensei aos 7 anos, tendo meus desenhos na TV Globinho sendo interrompidos por pessoas jogando suas esperanças e pulando do prédio em chamas. O tipo de terror que eu nem tinha visto em filmes até aquele dia... Enfim, sempre nesta data eu revejo o filme gravado em minha cabeça. E vocês, conseguem se lembrar desse dia?

* Coincidência: Completei exatamente 11 posts no mês com esse *o*



A história dos EUA parece bonitinha, cheia de liberdade, luz, oportunidades, blá blá. Mas nesse livro há páginas marcadas com sangue. Sangue inocente, sangue quente que poderia correr pelas veias de tantos cidadãos do planeta Terra. A história norte-americana tem muitos podres, os que todo mundo conhece e ainda os ocultos. Contudo a sociedade ainda se choca ao recordar o atentado terrorista que atingiu as Torres Gêmeas e o Pentágono.
O evento é mesmo chocante. Lembro bem que há dez 11 anos eu estava assistindo a TV Globinho quando de repente aquele boletim informativo da Globo mostra vídeos do atentado. Nos meus sete anos não entendi direito o que aquilo significava, mas pude sentir o horror das pessoas. O prédio em chamas, caindo. Pessoas se jogando lá do alto, deixando para trás a esperança de viver, bombeiros resgatando algumas poucas pessoas... Era o fim para tanta gente. Tão inesperado, tão frio, tão macabro.
O país de maior “liberdade” se apavorou com o atentado comandado por Osama Bin Laden. Dois aviões comercias atingiram o World Trade Center, em NY, outro o Pentágono, em Washington, e o último, que deveria se chocar no Capitólio, em São Francisco, conseguiu se desviar de seu destino graças aos tripulantes e passageiros do vôo 93 da United.  Tantas vidas se foram, tantas famílias e amigos ficaram desconsolados com tamanha maldade que paira no mundo.
Não pode se esquecer de tudo que o país considerado, ainda, a maior potência econômica fez. Segunda Guerra Mundial, o exército americano soltava bombas por Hiroshima e Nagasaki, matando milhões de pessoas inocentes a sangue frio; Guerra do Vietnã e tantos outros conflitos que mataram milhões de civis e militares. É triste ter de concordar com o que a canção dos Beatles diz “happiness is a war gun, yes it is”. Acreditar que há gente que ainda sente “felicidade” ao matar outra é de extremo desgosto, nojo da própria raça.
Logo após o atentado de 11 de setembro, George Bush declarou guerra ao Afeganistão. Tenho uma vaga memória de assistir isso na TV. Incrível ver como a vingança é um ciclo vicioso. É a Lei de Newton: para toda ação há uma reação. E assim vai... As feridas não cicatrizaram e nunca irão até que o mundo seja tomado por uma onda de perdão, onde possa haver paz.

Termino esse "projeto de crônica" deixando um trecho da canção Someday de Plain White Ts:

"What if we all could just agree
to live together in the world, in perfect harmony?
What if we all could find a way
to live a better life today?"
 E também deixo o vídeo de Holiday na tour Bullet In a Bible dos caras do Green Day:



xx

4 comentários:

  1. Não consigo me comover com o 11 de setembro. Obama mande o FBI vir aqui me prender por confessar isso, mas simplesmente não consigo. Em partes pode ter sido porque eu não cheguei a assistir o ataque por televisão - apenas vi as imagens chocantes anos depois em um reprise -, no dia do atentado eu estava na casa dos meus avós, brincando, e escutei a notícia no rádio sobre um avião que bateu em duas torres e elas caíram. Lembro que perguntei a minha mãe se era um prédio de pessoas morarem ou trabalharem, e ela disse que era de trabalhar, e eu pensei "menos mal". Nem sei porque pensei isso, talvez pelo fato de não haver crianças entre as vítimas, enfim. Não foi um acontecimento que me chocou na época, e me choca muito menos hoje, que comecei a entender um pouco sobre história e geopolítica, e passei a odiar os Estados Unidos, por vários feitos como os que vc sitou no texto. Penso nos inoscentes que morreram no atentado, e me sinto mal por não me comover com isso. Talvez meu ódio pelos Estados Unidos bloqueie este sentimento. Ou talvez a piedade que sinto por todos os outros mortos por causa das intenções politicas e financeiras dos EUA seja tão grande que não deixe espaço para mais nada em meu coração. Não sei. Mas sou completamente insensível em relação a este tema tão "polêmico" e que eu acho uma besteira, e às vezes, intimamente eu até fico pensando que não odeio Bin Laden, pelo menos não como a humanidade toda odeia. Não como eu deveria odiar.

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    1. De fato os feitos dos EUA são milhares de vezes pior que esse acontecimento, uma vingança estratégica da Al Qaeda simplesmente. O meu sentimento de piedade às vítimas do atentado ao WTC talvez sejam fortes pelo fato de eu ter assistido ao vivo, por ser da minha geração e eu ter vivido isso. Não é tão forte, para mim, como a morte dos judeus em campos de concentração, ou como a morte dos civis em Hiroshima, simplesmente pelo fato de eu não ter vivenciado, o que não deixa de ser tocante. Acho que a sua visão extremamente radical quanto aos Estados Unidos bloqueia mesmo qualquer piedade pelas pessoas que perderam familiares, pessoas que deixaram seus filhos órfãos, pessoas que não tinham nada a ver com toda a corrupção do país.
      Eu lembro bem de quando citaram o atentado numa aula e você falou que não sentia pena nenhuma e que achava pouco (algo do tipo) rs.
      Mas é isso ai, cada um com suas lembranças e conclusões.

      Xx

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  2. Não tem como esquecer essa data que marca um atentado tão triste e o fim da vida de milhares de pessoas, assim como o holocausto que fez tantas vitimas.
    kelly-club.blogspot.com.br/

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    1. Pois é, Kelly. Infelizmente temos muitos marcos históricos de terríveis atos da humanidade.

      Xx

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